Olá obrigado por passar por aqui!
Sou o Rui, um ux designer com mais de 15 anos de experiência a criar produtos de pessoas para pessoas.
Sou o Rui, um ux designer com mais de 15 anos de experiência a criar produtos de pessoas para pessoas ( e não ).
Gostaria de o convidar a visitar o meu journeyfólio*, bastando para isso, continuar a fazer scroll. Se tiver muita pressa e quiser navegar para partes específicas desta página, pode sempre usar o menu...

Sumário

Destaques pessoais
Prática desportiva (ginástica e natação)
1985 - 2000
Desde criança que os meus pais quiseram que o desporto fizesse parte da minha vida 🤸. Acabei por conjugar os estudos com estas atividades (extra-curriculares) só tendo parado já depois de entrar na faculdade 🏊.
Ainda hoje me levanto todos os dias pelas seis para mexer o corpo 🏃 (e a mente 🧘 ).
Educação musical
1984 - 2007
A minha educação musical 🎶 tem um grande impacto na minha vida. Foi o meu primeiro amor ❤️ e além de aprender música, ganhei competências que me acompanham na minha vida (por exemplo, gestão de tempo ⏳ ).
Sou muito metódico na abordagem aos projetos, combinando teoria e prática, tendo a consciência que é preciso trabalho e dedicação para entregar algo com valor (também sei que muitas vezes temos de improvisar 🤹 ).

Licenciatura em Design de Comunicação
1998 - 2005 (pré acordo de Bolonha)
Sempre quis ser músico, até que no 4º ano da licenciatura descobri (e fiquei fascinado 🤩 ) com o mundo da Human Computer Interaction (HCI). Comecei a ler imenso sobre o assunto e passei a focar todos os meus trabalhos em design de interação.
O meu trabalho final de curso foi desenvolver um MP3 em flash (sim sou desse tempo 🫣 ) que pudesse ser utilizado apenas com um botão. Fiz esse trabalho em parceria com o Tiago - se estiverem por Copenhaga 🇩🇰 digam-lhe qualquer coisa, não se vão arrepender).
Especialização em técnicas de som (ETIC)
2005 - 2006
Depois de ter terminado a licenciatura, decidi seguir o meu sonho musical. Preparei-me para fazer os exames no conservatório, ao mesmo tempo que tirei uma especialização em técnicas de som.
No trabalho final do curso desenvolvi uma aplicação (outra vez em flash 🤦) para criar paisagens sonoras, através da mistura de sons captados na casa (abandonada) dos meus avós. Acabei por perceber que os meus interesses se começavam a misturar (som e design).
Mestrado em Produção e Criação em Artes tecnológicas
2007 - 2011
Decidi fazer o mestrado 🧑🎓 ao mesmo tempo que trabalhava como webdesigner . Já nessa altura percebia que o meu futuro não iria posicionar-se na área musical.
Mais uma vez os meus interesses cruzaram-se e desenvolvi a tese 📚 sobre o tema “Design de sons úteis para a experiência do utilizador”. Realizei também uma instalação artística 🎨 onde uma pessoa através de movimento podia interagir com sons "escondidos" no meio ambiente.
Seminário de UX com Bill Buxton e Arnei Lund
2012
Um dos livros que mais gostei de ler foi o Sketching User Experiences: Getting the Design Right and the Right Design ( de Bill Buxton ) 😍 . Quando soube que ele vinha a Portugal, desenvolvi todos os esforços para o ver.
Fiquei fascinado com todas as coisas que ouvi na conferência The Nature of Natural User Interaction, entre as quais um estudo sobre o facto de rodarmos os cadernos quando escrevemos ✍ e não termos consciência disso. Gostei também de ouvir Arnie Lund a falar na conferência Bringing Innovation to the User Experience Design and Development Process (a junção de metodologias desenvolvimento agile e de metodologias UX acabou por ser um interesse que desenvolvi posteriormente).
Subir o Kilimanjaro
2014
Adoro viajar, e viajei algumas vezes um pouco por todo o mundo (curiosamente ainda não fui à Ásia), uma das coisas que mais gostei de fazer em todas as viagens que fiz foi subir o Kilimanjaro 🏔 na noite de passagem de ano.
Esta viagem mudou-me, não consigo explicar bem o motivo mas, estar com tanto frio 🥶 a subir pole-pole e ver o sol nascer por baixo das nuvens ⛅ é algo inesquecível. Um esforço enorme para chegar ao cume, estar lá uns minutos e descer o mais rápido possível. Nada disto seria possível sem o Ramadan. Se estiverem a pensar em conhecer a Tanzânia, não procurem mais ninguém.
200€ em livros
2015
Sempre gostei de ler mas, focava-me muito em literatura na área da UX. Uma das melhores prendas que recebi foi ter um cheque de 200€ 💰 para gastar em livros . Com a condição de não serem de UX (ou campos semelhantes).
Acabei por aprofundar outros gostos que normalmente deixava para segundo plano. O mais interessante para mim foi ter sido um dos anos em que li mais livros (além de ler os livros costumo resumir os que mais me interessam e tirar notas que me ajudem a aplicar o que aprendi no dia a dia - quando comecei a fazer isto ainda não existia o shortform 😅 ).
Pós graduação em prospectiva estratégia e inovação
2016 - 2017
Ganhei uma bolsa de estudo e aproveitei para fazer uma pós-graduação em prospectiva. Adorei fazer este curso por cruzar imensos temas do meu agrado (estratégia e inovação).
Comecei este curso 5 dias depois da minha filha mais velha nascer 👶 (nunca me esquecerei do apoio e motivação que a minha esposa me deu). Acabei por desenvolver uma framework - leia-se "reunião de vários recursos", onde cruzei (e continuo a cruzar) todas as minhas leituras / interesses. O objetivo é fazer-me questionar a minha prática diária.
Duas conferências com Gerd Leonhard
2018 & 2019
A pós-graduação deu-me contacto com um novo mundo e novos autores entre os quais o Gerd, que me fizeram aprofundar o meu interesse nas áreas de prospectiva, de estratégia e inovação mas também em outros temas tais como, systems thinking, sustentabilidade, economia circular e business thinking (que aprofundei posteriormente no d.MBA).
A informação a que tive acesso nestas conferências foi algo que me afetou imenso, no sentido de perceber que como designer posso (como diz Gerd) construir o céu ou o inferno e isso nos dias de hoje torna-se cada vez mais relevante.
Ser pai
2017 & 2021
Nasci para ser pai , já sabia disso antes de o ser. Hoje sou pai de duas meninas 💕 (4 e 7 anos). Organizo o meu dia de modo a estar com elas sempre que acordam e assim que acabam as suas atividades.
Uma vez disseram-me que quando tivesse o segundo filho é que ia ver o que era ter trabalho. O que sinto é que me deu uma grande disciplina na gestão de tempo, e em decidir o que é prioritário.
Destaques profissionais
Freelancer
2007 - 2016
Ainda quando andava na licenciatura comecei a arranjar alguns trabalhos como freelancer (criação e desenvolvimento de marcas,e pequenos websites). Estes projetos acabaram por ir crescendo em complexidade sendo que acabei por deixar de explorar esta opção (principalmente depois do nascimento da minha primeira filha).
Estar a trabalhar sem “rede” e ser responsabilizado pelo meu trabalho acabou por me dar muita experiência não só na área de UX mas, também na gestão de expectativas dos clientes, na gestão de projeto, ...
ISPA - Instituto Universitário
2008 - 2014
Estive nesta instituição vários anos na minha carreira. Terminei o meu percurso como UX designer mas passei por várias funções (webdesign, design gráfico e multimédia)
Tive oportunidade de desenvolver vários projectos sendo o maior deles a reformulação de toda a comunicação digital (com o grande Ricardo). Este projeto traduziu-se na realização de um portal com diversos sites (16), intranet, loja online, secretaria e visita virtual.
Novo portal do ISPA
UX Design + Usability Testing + User Research
Contexto
Instituto universitário, com uma grande tradição no ensino de psicologia em Portugal, com ambiente bastante informal.
Os meus primeiros esforços foram desenvolvidos no sentido de melhorar as plataformas existentes (site público e intranet – feitos em microsoft sharepoint. Neste sentido, traduzia as preocupações das diferentes estruturas do ISPA em soluções para os portais. A maior parte do meu trabalho traduziu-se em melhorar a arquitectura de informação, e a nível de design de interação, tentando melhorar a usabilidade das páginas existentes.
Depois de alguma pesquisa com alunos, funcionários, e direção acabei por conseguir melhorar o site público ao introduzir elementos de navegação (feitos em action script 2.0) que foram sendo colocados em diferentes páginas do site público.
Problema a resolver
Estrutura Digital do ISPA com a tecnologia e conteúdos desactualizados, e que não dava resposta às exigências da direção, funcionários e alunos.
A direção do ISPA decidiu criar um novo portal, de modo a suportar uma nova identidade institucional, dar autonomia às diferentes entidades do instituto para a gestão das suas áreas e modernizar toda a sua estrutura digital de modo a conseguir ter uma solução que servisse de colaboração entre colaboradores (docentes e funcionários), alunos e pessoas externas.
A nível dos docentes e funcionários, a solução que existia não dava resposta às necessidades. Os processos eram todos muito manuais, o que se traduzia em processos mais lentos e com mais erros. Para os alunos, era muito complicado comunicar com os docentes ou secretaria, tendo de se deslocar fisicamente às instalações para fazerem processos simples.
Abordagem
A direção do ISPA montou uma equipa (onde eu estava incluído) que ficou responsável pelo “Novo portal do ISPA”. As minhas funções nessa equipa passaram pelo UX design. Basicamente fiz user research, análises competitivas, avaliações heurísticas e análise ao conteúdo ao site existente assim como a tradução da estratégia do ISPA para os requisitos do portal, e também prototipagem para testar conceitos.
Uma das vantagens de trabalhar num contexto universitário é a facilidade de recrutar participantes para todo o processo (user research, testes de usabilidade). Através de testes de guerrilha e entrevistas mais estruturadas com alunos docentes e funcionários que estavam dispostos a ajudar, foi relativamente fácil arranjar dados que nos permitiram começar a traduzir a estratégia corporativa em objetos mais tangíveis.
De modo a ganharmos conhecimento externos foram contratadas duas empresa, uma para a parte de desenvolvimento e outra para a parte de marketing. Acabei também por estar ligado ao processo de decisão das empresas que foram escolhidas para trabalhar com o ISPA.
Posteriormente acabei por fazer a “ponte” entre as diferentes estruturas reunindo e traduzindo toda a informação necessária (tal como maneiras de trabalhar, análise de fluxos, organização e estruturação dessa informação, de modo a criar a nova arquitectura de informação do portal) com o objetivo de fazer uma transição suave em relação ao que estávamos habituados a lidar.
Parte do meu trabalho passava por validar com testes a utilizadores do site, e com a estrutura interna algumas das propostas que eram fornecidas (tanto a nível de comunicação como de tecnologia) das empresas parceiras do ISPA. Acabava também por validar as propostas feitas pelas empresas e trabalhar de forma colaborativa para fazer novos wireframes ou afinar a interface, uma vez que era responsável por grande parte das decisões.
Conceitos estudados
Estudo para calendário (não implementado)
Resultado
O portal do ISPA foi desenvolvido em várias fases sendo composto por diversos microsites que permitem aos vários departamentos do instituto universitário uma gestão de conteúdos integrada.
Um dos motivos que mais agradou à comunidade foi que as candidaturas ao ISPA passaram a ser feitas online, coisa que até então não acontecia. Acabámos por desenvolver:
- Loja online;
- Plataforma de elearning e portal do aluno (desenvolvido na plataforma moodle);
- Secretaria virtual;
- Site de candidaturas;
- Site interno para colaboradores;
- Site de alumni (neste momento é o portal de emprego);
- Site específico para o departamento de formação avançada;
- Site específico para o centro de documentação;
Visita virtual; - 11 microsites para entidades específicas (entre os quais a clínica universitária).
Resumo das minhas contribuições
Apesar de ter passado por diferentes papéis no ISPA, o desenvolvimento do novo portal teve um peso enorme nas minhas funções, que se focaram bastante nos pontos abaixo.
- Análises competitivas;
- Análise heurística do conteúdo do site já existente;
- Tradução da estratégia corporativa em requisitos para o portal;
- Prototipagem (wireframes) de alta e baixa fidelidade;
- Coordenação e contacto com as empresas (de design e programação)
envolvidas na construção das diferentes plataformas. - User interface design, design de interacção e programação XHTML e CSS (para páginas específicas do portal);
- Realização de testes de usabilidade e redacção de relatórios de erros para proposta de melhorias nas soluções implementadas;
- Gestão do google analytics para analisar comportamentos e tomar decisões infomadas em relação a novas propostas de melhoria para o portal;
- Formador interno de diferentes entidades para a utilização das consolas de gestão associadas aos diferentes sites.
Lições aprendidas
Aprendi duas lições neste projeto, a primeira foi a necessidade de envagelização em relação às melhores práticas de design com pessoas que não têm esse conhecimento, e a necessidade de gerir diferentes stakeholders, com diferentes sensiblidades e diferentes prioridades.
Um dos maiores desafios que tive neste projeto foi o facto de ter de trabalhar com numa organização onde a maturidade para a disciplina de user experience era baixa. Trabalhar neste contexto foi interessante pois permitiu-me crescer profissionalmente ao ter de traduzir internamente as melhores práticas que as empresas externas contratadas para nos ajudar traziam.
Gerir as prioridades dos diferentes departamentos (como por exemplo terem destaque na homepage) em relação ao trabalho que estava a ser feito foi bastante interessante uma vez que tive de aprender como gerir opiniões contraditórias.
Scientific Toolbox Consulting
2013 - 2016
Depois de um trabalho feito em regime de freelancer fui convidado a integrar o projeto como sócio. A minha entrada serviu para desenvolver a marca e emprestar um espírito de design aos produtos desenvolvidos na empresa.
Foi um momento muito importante na minha carreira pois deu-me importantes ensinamentos em relação a desenvolvimento de negócio, e à vida numa startup.
Scientific ToolBox Consulting Software
UX Research + UX Design + Brand Development
Contexto
Entrei nesta startup com o objetivo de desenvolver uma alternativa aos softwares utilizados nos ensaios clínicos.
A minha entrada nesta startup serviu para dar o contributo que faltava à equipa inicial que não tinha competências em design (uma pessoa de desenvolvimento e uma pessoa com o conhecimento de negócio).
O início do meu trabalho passou por desenvolver a imagem de marca da empresa (assim como o website e toda a comunicação associada) e por estudar (desk research – pesquisa secundária) na área dos ensaios clínicos. Numa primeira fase para perceber o contexto para o qual ia trabalhar, numa segunda fase para conseguir começar a desenvolver mockups para testarmos conceitos.
Ao mesmo tempo fui desenvolvendo alguns trabalhos paralelos na área dos serviços da empresa (tais como sites para projectos específicos, portais onde fosse possível desenvolver estudos clínicos, desenvolvimento de suportes de comunicação), de modo a garantir que a empresa era sustentável.
À medida que a equipa foi crescendo fui começando a usar o conhecimento interno da empresa para desenvolver as propostas iniciais para o software que pretendiamos desenvolver.
Problema a resolver
Analisando o mercado dos ensaios clínicos, concluiu-se que muitas empresas recrutavam uma tipologia de serviços que incluíam o uso de software dedicado. As soluções existentes podiam ser melhoradas, e não serviam para todos os nichos desse mercado.
Do conhecimento adquirido da análise do mercado dos ensaios clínicos, foi possível identificar lacunas, e pontos de entrada que indiciaram a possibilidade do desenvolvimento de software apropriado para este mercado, existiam vários pontos de entrada e nichos por explorar. O software existente era caro o que impedia pequenas empresas de o adquirir. As alternativas freemium ou open source, não eram fáceis de utililzar.
Os maiores problemas encontrados ao nível de software utilizado foram ao nível de:
- Usabilidade
- Difíceis de utilizar
- Não eram intuitivos
- Má performance nas nas tarefas diárias
- Curva de aprendizagem longa
- Funcionalidade
- Faltavam funcionalidades(consideradas) principais
- Não se adaptavam às necessidades da maioria dos clientes com que a empresa trabalhava (nicho de mercado)
- Custo
- O custo de software considerado adequado para a gestão de ensaios clínicos (no nicho de mercado que pensámos entrar) era proibitivo.
Abordagem
Uma vez que tinha acesso a pessoas que trabalhavam com a empresa (clientes) e aos meus colegas que estavam dedicados à área dos serviços, desenvolvi esforços para aceder a informação (ao nível de: linguagem própria deste mercado, processos, maneiras de trabalhar, problemas do dia a dia…) desta área.
Existia no entanto, muita informação que não podia aceder (devido a normas e regulamentação) nomeadamente, software proprietário utilizado para a gestão de alguns ensaios, e conteúdos dos estudos onde a empresa trabalhava.
À medida que entravam novos recursos na empresa, utilizava as sessões de formação que lhes eram dadas para também aprender sobre todo o ecossistema que rodeava o mundo dos ensaios clínicos. Como tinha acesso previligiado a clientes e colegas que trabalhavam na área dos serviços, pude desenvolver, workshops e outras actividades de pesquisa (tais como entrevistas, observação directa…) para perceber os seus objectivos e motivações, as suas dores e dificuldades, assim como as tarefas que executavam no seu dia-a-dia. Isto permitiu-me começar a entender o contexto de trabalho nesta área, recolher alguns materiais utilizados, e criar alguns documentos baseados nas insights que recolhi (tais como personas, definição de tipos de utilizadores, fluxos…).
Acabei por instalar software open source, muitas vezes utilizado neste mercado, para começar a perceber as funcionalidades deste tipo de softwares assim como da terminologia, fluxos de trabalho, tendo desenvolvido alguns estudos clínicos fictícios para perceber o tipo de trabalho que estava associado a este mundo.
Documentação efetuada
Detalhe de documentação efetuada
Resultado
Infelizmente, apesar de ainda ter chegado à fase de produção de wireframes e alguns protótipos para definir a interacção e começar a testar conceitos de design, a empresa passou a centrar-se mais na realização de serviços.
Acabei por produzir documentação que auxiliasse (e guiasse) o processo de desenvolvimento de software. Uma vez que a área é muito complexa, bastante regulamentada, centrei-me mais em perceber o contexto social, as interacções entre os diferentes stakeholders, o tipo de tarefas gerais que eram supostas fazer para cada tipo de trabalho, o tipo de outputs que era suposto cada pessoa fornecer. Acabei também por analisar os softwares possíveis (open source) recolhendo também informação de quem trabalhava com eles.
Resumo das minhas contribuições
Apesar de ter passado por diferentes projetos o desenvolvimento de pesquisa para tentar entender o contexto (complexo) dos ensaios clínicos foi sem dúvida alguma, algo recompensador. Acabei por também ter funções mais ligadas ao desenvolvimento de pequenos websites para projetos específicos.
- Análise e definição de tarefas;
- Pesquisa de mercado e análises competitivas;
- Pesquisa e definição de utilizadores;
- Criação de personas;
- Realização de inquéritos e workshops para definição de requisitos funcionais;
- Pesquisa e definição de funções (work roles);
- Criação de modelos sociais (ecossistemas);
- Definição de arquitectura de informação;
- Criação de wireframes e fluxos (análises de tarefas);
- User interface design, design de interação e programação XHTML e CSS.
Lições aprendidas
Uma fase de pesquisa necessita de um grande investimento, tempo e dinheiro. Neste caso (startup com a necessidade de financiamento), ter um recurso a pesquisar e trabalhar num objetivo de longo prazo é bastante complicado.
A necessidade de angariar financiamento para o dia a dia, acabava por me desfocar várias vezes do objetivo inicial, trabalhando em projetos de curta duração mas considerados mais urgentes / importantes por financiarem a empresa. Depois de algum tempo, o foco em serviços cresceu imenso e não fazia sentido estar na empresa (com bastante pena minha) com uma promessa de desenvolver software que dificilmente se iria concretizar.
B.Time - Soluções empresariais
2015
Através de um contacto para fazer um trabalho em regime freelancer, acabei por levar este projeto para dentro da empresa onde trabalhava (Scientific Toolbox Consulting).
Acabámos por desenvolver o novo website da companhia mas também do novo portal de contabilidade para os clientes da B.Time fazerem a sua gestão financeira em tempo real.
Portal de contabilidade B.Time
UX Research + UX Design + Front End Development
Contexto
A partir de um contacto para fazer um trabalho em regime de freelancer para a B.Time, foi estudada a opção que envolveu a entrada neste projeto da empresa onde trabalhava na altura alargando o âmbito do projeto.
Muitas vezes gosto de trabalhar em regime de freelancer, em projectos de curta ou média duração. Foi através de um contacto para perceber se era possível fazer uma reestruturação do site que, depois de umas conversas iniciais, percebemos que a B.Time poderia desenvolver uma proposta de valor acrescentada para os seus clientes.
Deste modo sugeri uma opção que envolveu a entrada da empresa onde trabalhava (Scientific ToolBox Consulting) neste trabalho e em vez de se fazer um site apenas para refrescar a imagem, foi possível pensar num projecto de um portal onde os clientes tivessem acesso imediato a toda a sua informação contabilística, em tempo real, de modo a existir mais transparência dos serviços prestados pela empresa.
Problema a resolver
Existia uma área reservada para os clientes da empresa no entanto, era apenas um repositório de documentos das empresas, estando muitas vezes com informação desatualizada e difícil de encontrar. A tecnologia era antiga o que trazia imensos problemas em questões de atualização.
Também nos foi transmitido, que um site apelativo poderia ser uma vantagem competitiva face aos sites considerados concorrentes. Existia também o desejo do site estar feito o mais rapidamente possível de modo a ser efectivada uma “campanha” de angariação junto a novos clientes uma vez que a empresa estava a crescer.
Eram também necessário que o portal a realizar pudesse mostrar a informação fiscal das empresas clientes em tempo real. Do ponto de vista da B.Time esse facto era considerado fulcral pois seria um modo de manter a credibilidade da empresa face aos clientes.
Detalhe de análise efetuada
Abordagem
Antes de se começar a fazer qualquer tipo de trabalho, fiz uma pesquisa de empresas concorrentes e uma avaliação ao site da B.Time existente na altura, sendo que foram detectados alguns problemas, como por exemplo, links mal estruturados, conteúdo desactualizado, não existia a preocupação com optimização do site para motores de pesquisa, a arquitectura de informação também tinha problemas.
Acabei por explicar que um novo site, a ser desenvolvido, não iria servir para nada, seria apenas uma face mais bonita de um portal desactualizado, caso não se revesse o conteúdo colocado. Assim, efetuei alguns workshops com a direção da B.Time de modo a determinar a arquitectura de informação (ordenação de cartões), das funcionalidades a colocar no site e do tipo de conteúdos a colocar em cada página do site. Pedi também o acesso à empresa para poder verificar como se trabalhava, os processos que eram utilizados para colocar informação no site atual, e para perceber também a forma como a B.Time comunicava com os seus clientes. Pedi ainda o acesso a alguns clientes de modo a percebermos o que era importante para eles num portal de contabilidade ideal.
Das conversas mantidas com alguns clientes da B.Time, e potenciais clientes de empresas de contabilidade foi indicado que um dos pontos que os levariam a optar por uma empresa deste tipo, caso não tivessem nenhuma, seria o portfólio de serviços e testemunhos de clientes (que pudessem ser comprovados). Sendo que estas indicações, deram o mote para o desenho do site. As entrevistas com os clientes acabaram por demonstrar que existiam algumas funcionalidades que não estavam contempladas nas primeiras ideias da B.Time, o que levou à reformulação das nossas propostas iniciais.
Resultado
Devido aos timings apertados do projecto acabámos por dividir o projeto em duas fases, a primeira o site público e a segunda a área privada.
Uma vez que existiam duas fases para o desenvolvimento, foram feitos alguns wireframes de modo a sugerir um tipo de estrutura para o site e um conceito de design. Depois de escolhido o conceito vencedor, de modo a reduzir custos na proposta, propusemos que a B.Time escolhesse um template de wordpress, que pudesse ser adaptado, sendo que lhe apresentámos duas opções.
Foi também trabalhado todo o conteúdo de cada página. Nesta fase, foi-nos também pedido para fazer uma galeria de imagens, sendo que, uma vez que tenho conhecimentos de fotografia, aceitámos fazer (desde tirar fotografias ao escritório, à equipa, à edição de imagem para colocação no portal). A ideia das fotografias foi mostrar que a empresa estava a crescer e o novo escritório. Existiam algumas plataformas que permitiam ligar-se ao site, no entanto depois de alguma ponderação optou-se por Liferay por condicionalismos técnicos (integrava com o sistema de gestão interno que a B.Time possuía, e permitia uma visualização dos dados, das bases de dados, em gráficos, algo que era do agrado da B.Time).
A área de cliente, seria simples uma vez que teria apenas um nível de navegação com duas opções (gestão de documentos, ou informação de gestão). No entanto para se facilitar a consulta dos relatórios, foi criado uma página específica em html e css (compatível com a maioria dos browsers e dispostivos) de maneira a que tudo o que o cliente precisasse aparecesse no monitor. Foram feitos estudos de colocação da informação, de modo a escolher como esta seria melhor visualizada, e acabaram por ser feitos alguns testes, que revelaram alguns problemas (na visualização dos relatórios) que foram posteriormente corrigidos.
O meu papel nesta fase do projecto, teve mais a ver com desenvolvimento da interface e a sua implementação em html, css, na adaptação (e criação) de alguns dos elementos do portal.
Resumo das minhas contribuições
Acabei por fazer várias funções neste projeto sendo a que destaco de maior importância a evangelização de boas práticas para o desenvolvimento de um produto (envolvendo o cliente como parceiro e não como cliente).
- Análise e definição de tarefas;
- Pesquisa de mercado e análises competitivas;
- Realização de inquéritos e workshops para definição de requisitos funcionais;
- Definição de arquitectura de informação;
- Criação de wireframes;
- User interface design, design de interação e programação XHTML e CSS.
Lições aprendidas
Uma das maiores lições que aprendi neste projeto é a necessidade de tratar os clientes como parte da mesma equipa. Trabalhamos todos pelo mesmo objetivo sendo que, a necessidade de comunicação efectiva e clara é crucial para os projetos correrem bem.
Construir boas relações com os clientes é crucial para que os projetos corram bem. Nesta experiência, percebi que quando envolvemos o cliente no processo de criação / execução do produto é mais fácil que ele perceba as nossas dores e seja mais receptivo a aceitar mudanças devido a impactos desconhecidos nas alturas iniciais do projeto.
Gerir as suas expectativas com pedidos que não estejam contemplados no âmbito inicial, ou explicar as nossas decisões a cada passo é super importante (ao invés de chegar com uma solução finalizada para ser validada.
Liberty Seguros
2016 - 2024
Existem duas Libertys na minha vida, a primeira a operar em Portugal, e a segunda depois da junção como WEM - Western European Markets (onde passei a trabalhar num contexto internacional).
Só tenho boas coisas a dizer desta companhia, sendo que não estou autorizado (por contrato) a partilhar informações sobre o trabalho que desenvolvi. Posso, no entanto, referir que trabalhei como UX Designer em diferentes projectos durante os anos em que aqui trabalhei.
Generali Tranquilidade
2024 - em curso
Estou a trabalhar na Generali Tranquilidade como Especialista de Experiência de Cliente depois do grupo Generali ter adquirido a operação europeia à Liberty Mutual.
Pertenço à equipa de Customer Experience & Projects. Trabalho com a maravilhosa Teresa na criação e desenvolvimento da nova área de CX, e na pesquisa e mapeamento dos processos atuais para descobrir oportunidades de melhoria.
Contactos
Tem interesse em falar comigo?
Agradeço-lhe o tempo que despendeu a conhecer-me. Se chegou até aqui provavelmente deseja saber um pouco mais.
Neste momento estou a trabalhar a tempo inteiro na Generali Tranquilidade. Estou também a desenvolver alguns projetos pessoais (entre os quais um livro de histórias infantis 🥰 ). Estou, no entanto, disponível para conhecer novos projectos com boas pessoas (como disse no início, é tudo sobre pessoas 😊 ).
Créditos
De onde surgiu este journefolio ?
Tive a ideia para este journeyfólio através de algumas conversas com a Raquel (criadora do JourneyFolio. As nossas conversas inspiram-me e inspiraram-me a fazer o meu).
Já tinha tentado trabalhar com a Raquel noutro projeto e fiquei inspirado pela maneira dela "contar histórias". Comecei a pensar numa maneira de fazer o meu portfólio com base neste conceito e foi assim que terminou.
Espero que tenha gostado ❤️ !